PET/CT FDG
O PET/CT está entre o que há de mais avançado para o diagnóstico preciso, sendo utilizado em especialidades como neurologia, cardiologia, oncologia, urologia, endocrinologia, dentre outras. É um equipamento que produz imagens metabólicas e anatômicas, obtidas simultaneamente.
PET, sigla em inglês para Tomografia por Emissão de Pósitrons, realiza um escaneamento metabólico do corpo inteiro (ou alguma parte determinada), diagnosticando diversos tipos de câncer ou mesmo avaliando doenças neuropsiquiátricas e cardiovasculares.
CT, por sua vez, é a sigla em inglês para Tomografia Computadorizada: a captação de imagens anatômicas com alta qualidade que são capazes de reproduzir as estruturas corpóreas, permitindo encontrar a localização exata de nódulos, lesões tumorais e diversas outras condições clínicas.
O traçador mais comumente utilizado para esta tecnologia é o 18F-Fluordeoxiglicose (FDG), um análogo da glicose, cujo acúmulo depende do metabolismo glicolítico nos diversos órgãos e tecidos – estando aumentado em grande parte dos tumores malignos. Além do FDG, existem diversos outros traçadores emissores de pósitrons já em uso em nosso país, muitos deles sendo fundamentais na prática clínica de especialidades como oncologia, neurologia, urologia, cardiologia, dermatologia, endocrinologia, dentre outras.
Eventuais lesões encontradas nos exames de PET/CT podem ter sua intensidade de captação quantificada, gerando um valor numérico SUV (standard uptake value), que expressa a atividade metabólica desta lesão. Esta quantificação tem valor no acompanhamento da evolução da doença e na diferenciação de lesões benignas, malignas, inflamatórias e etc.
Hoje, tanto a Agencia Nacional de Saúde (ANS) como o sistema único de saúde (SUS), já incluíram o PET/CT no rol de procedimentos autorizado.
Como é feito o exame?
O procedimento é totalmente indolor, não invasivo e dura em média 90 minutos. Após o paciente chegar na clínica, ele é entrevistado por um dos médicos da Medicina Nuclear e encaminhado ao setor de exame. Um acesso venoso é colocado no paciente, o mesmo permanece em repouso por 60 minutos e, ao término deste período, é posicionado no equipamento PET/CT para aquisição das imagens. Imagens de corpo inteiro são realizados por aproximadamente 40 minutos e, em alguns casos, pode ser necessário a realização de imagens adicionais.
Principais indicações do PET/CT
- Estadiamento e reestadiamento de neoplasia hematológicas (Linfomas Hodgkin e não Hodgkin) e tumores sólidos (como carcinoma do cólon, do trato gastrointestinal, de pulmão, de mama, de cabeça e pescoço), melanoma maligno, dentre outros
- Investigação de câncer metastático com sítio primário desconhecido
- Acompanhamento da resposta terapêutica em oncologia
- Identificar local de biópsia e planejamento radioterápico
- Diferenciação de lesões benignas de malignas (ex.: nódulo pulmonar)
- Estabelecer e localizar sítios de causas de elevação de marcadores tumorais
- Avaliação de processos infecciosos e febres de origem indeterminada
Contraindicações
O exame não é recomendado para mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez.
Efeitos colaterais
Não foram observados efeitos colaterais durante ou após a administração do radiofármaco descritos na literatura.
Preparo para o exame
Alimentos ricos em carboidratos (pão, massa, arroz, batata, doces, derivados do leite, etc.) devem ser evitados 24 horas antes do procedimento. No mesmo período é proibida a prática de atividades físicas. Medicamentos como a insulina devem ser suspensos conforme orientação no momento do agendamento.
Medicamentos como a insulina devem ser suspensos conforme orientação no momento do agendamento.
Dependendo do motivo, é preciso utilizar meios de contraste da tomografia computadorizada (a base de iodo), que podem ser oferecidos por boca por cerca de uma hora antes do início das imagens, ou através de injeção na veia no momento do exame.
A preparação é extremamente importante e influi diretamente no resultado do exame.
A radiação destas substâncias faz mal?
De forma alguma. Toda radiação emitida pelo equipamento é calculada e não há riscos durante o procedimento. As quantidades de radiação envolvidas nos exames são mínimas, sendo próximas a realização de algumas imagens de raios X.
Indicações Autorizadas pela ANS (Rol ANS 2014)
Cobertura obrigatória para pacientes portadores de câncer pulmonar de células não pequenas comprovado por biópsia, quando pelo menos um dos seguintes critérios for preenchido:
- Para caracterização de lesões;
- No estadiamento do comprometimento mediastinal e à distância;
- na detecção de recorrência.
Cobertura obrigatória para pacientes portadores de linfoma, quando pelo menos um dos seguintes critérios for preenchido:
- No estadiamento primário;
- Na avaliação da resposta terapêutica;
- No monitoramento da recidiva da doença nos linfomas Hodgkin e não Hodgkin.
Cobertura obrigatória para pacientes portadores de câncer colorretal, quando pelo menos um dos seguintes critérios for preenchido:
- Câncer recidivado potencialmente ressecável;
- CEA elevado sem evidência de lesão por métodos de imagem convencional;
- Recidivas com achados radiológicos inconclusivos com ou sem CEA aumentado.
Cobertura obrigatória para avaliação de nódulo pulmonar solitário quando preenchido os seguintes critérios:
- Ressonância magnética ou tomografia computadorizada inconclusiva;
- Nódulo maior que um centímetro
- Não espiculados;
- Sem calcificações.
Cobertura obrigatória para o diagnóstico do câncer de mama metastático quando os exames de imagem convencionais apresentarem achados equívocos.
Cobertura obrigatória para pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço, quando pelo menos um dos critérios for preenchido:
- Presença de imagem pulmonar ou hepática ou em outro órgão que seja suspeita de metástase quando outros exames de imagem não forem suficientemente esclarecedores quanto à natureza da lesão;
- Quando a biópsia por agulha de uma lesão ou linfonodo cervical apresentar como resultado “carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma ou carcinoma epitelial anaplásico” cujo tumor primário for desconhecido e se outro exame de imagem não for suficientemente esclarecedor.
Cobertura obrigatória para pacientes portadores de melanoma, quando pelo menos um dos seguintes critérios for preenchido:
- No estadiamento do melanoma de alto risco (tumor > 1,5mm de espessura, ou com linfonodo sentinela positivo, ou com linfonodo clinicamente positivo) sem evidência de metástase e quando os exames convencionais não forem suficientemente esclarecedores;
- Para avaliação de recidiva detectada por outro método diagnóstico em pacientes candidatos a metastectomia (exceto para lesões de SNC ou lesões muito pequenas < 3mm de espessura).
Cobertura obrigatória para pacientes portadores de câncer de esôfago “localmente avançado” para detecção de metástase à distância, quando outros exames de imagem não foram suficientemente esclarecedores (TC de tórax e USG ou TC de abdome)